quinta-feira, 18 de abril de 2013


Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia


A cada canto um grande conselheiro, que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro, que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia.
Gregorio de Matos

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